O Ministério da Defesa teve prioridade na aplicação de investimentos pelo segundo ano consecutivo. Entre todos os órgãos da Esplanada, a pasta foi a mais favorecida pelos parlamentares na definição do orçamento para o ano que vem.
Conforme noticiou o jornal O Globo, em 2022, os militares serão autorizados a gastar R$ 8,8 bilhões em ações como compra de caças e submarinos. O valor total de investimentos representa quase o dobro reservado à Saúde e o triplo à Educação.
Para se ter um comparativo, o valor autorizado pela União ao Ministério da Educação ficou em R$ 3,6 bilhões, enquanto a Saúde terá R$ 4,6 bilhões. Entre os três orçamentos elaborados durante o governo Jair Bolsonaro, a pasta dos militares foi a mais favorecida nas peças de 2022 e 2021 (R$ 8,8 bilhões e R$ 8,3 bilhões). Já no orçamento de 2020, ficou em terceiro lugar, com R$ 6,7 bilhões.
Segundo Daniel Couri, diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), o país perdeu a capacidade de investir. A verba trilionária reservada para o pagamento de despesas obrigatórias, como salários e aposentadoria, deixa pouco espaço para o investimento. Cerca de 94% do Orçamento para o ano que vem estará engessado com esse tipo de despesa.
"A liderança do Ministério da Defesa tem a ver com a redução do investimento público nos últimos anos. Poucas áreas, hoje em dia, têm esse tipo de recurso. A área de infraestrutura, por exemplo, caiu muito. Sobraram alguns projetos grandes na área de Defesa. É uma indicação de priorização, de força da Defesa no orçamento, mas também uma indicação de que sobrou pouco para ser feito", diz Couri.
Fonte: Bahia Notícias
Comentários
Postar um comentário