Um grupo formado por empresários, ambulantes, mototaxistas, cordeiros, baianas de acarajé, barraqueiros, taxistas e outros profissionais que atuam no carnaval de Salvador realizaram ontem, domingo ,21, uma manifestação no Farol da Barra e carreata em prol da realização da festa em 2022.
Membros do Conselho Municipal do Carnaval (COMCAR) e da Associação dos Profissionais de Evento (APE) organizaram o evento. Pelo menos seis trios elétricos movimentaram a área e segundo a Superintendência de Trânsito (Transalvador), ocorreu congestionamento na Avenida Centenário e na Rua Afonso Celso. A Rua Airosa Galvão foi interditada.
Os manifestantes utilizaram faixas e cartazes que destacavam que a categoria está 'vacinada e pronta para trabalhar'. Rominho, diretor da APE conversou com a Tribuna da Bahia e disse que vários segmentos estão apoiando a realização do carnaval, pois as rendas giram em torno da festa.
“Fomos os primeiros a parar e os últimos a voltar, o único auxílio recebido foi o destinado à cultura. Os pais de família estão ainda passando necessidade.
A maioria da população já está vacinada em duas doses. Vai ter carnaval em outros estados e cidades, como o Rio de Janeiro. Não temos motivo para não fazer em Salvador. O que precisa é vacinar mais a população. O controle pode ser feito através de barricadas e cobrando cartão de vacina os governantes devem esquecer o partidarismo e começar a pensar como fazer. Pode ter até um formato reduzido, mas deixar de fazer é difícil, porque a cadeia de emprego que a festa promove é muito grande.”
Durante a semana, o prefeito de Salvador, Bruno Reis disse que, não há uma definição para a realização da folia e que depende ainda de uma reunião com o governador da Bahia Rui Costa. Afirmou também que não estuda adiamento, ou qualquer mudança na realização do Carnaval e ressaltou “para que a festa seja realizada, além de considerar os números da Covid-19 no estado, será uma obrigação ter o ciclo vacinal completo, isto é, a terceira dose.”
Argumentou que “se no final de fevereiro, os números e os critérios não tiverem sido atendidos, ou tiver o risco de ter um aumento do número de casos, ninguém vai realizar o Carnaval nessas condições".
Ontem a assessoria da prefeitura de Salvador, disse a Tribuna da Bahia que, “o prefeito se posicionou sobre o Carnaval em praticamente todas as coletivas realizadas no mês de novembro. Entretanto, informou à imprensa que só retomará o assunto após se reunir com o governador.”
O governador Rui Costa destacou em suas redes sociais que, “o coronavírus mostrou que precisamos ter mais humildade e acreditar na ciência.
Não colocarei a população em risco com definições sobre carnaval enquanto existem 2,5 mil casos ativos e o vírus voltando com força em diversos países. O carnaval não pode estar acima da vida das pessoas. Entendo as pessoas que investem, que tem negócios no carnaval, mas a responsabilidade com a saúde e com a vida são nossas prioridades.”
Em nota enviada à Tribuna da Bahia o governo reiterou que o Governo do Estado Bahia manterá a postura responsável, baseada na ciência, em defesa da vida das pessoas. Qualquer outro posicionamento relacionado ao Carnaval depende, antes de mais nada, de uma definição sobre a realização da festa.”
Fonte: Tribuna
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